sexta-feira, março 17, 2017

Recordando Noé Girão

Noé Neves Girão Rosado, natural de Budens, onde nasceu em 1939, teve na pesca a sua forma de subsistência.
Encontrando-se na situação de Guarda Marinha da Reserva Marítima, inscreveu-se em 1957 no Grémio de Armadores de Navios da Pesca do Bacalhau, criado «pelo DL nº 26 106, de 23 de Novembro de 1935 e que era constituído pelas entidades singulares ou colectivas dedicadas à indústria da pesca do bacalhau».
Nesse ano, exerceu a função de Imediato do malogrado lugre a motor «Labrador», navio que viria a naufragar a 25 de Agosto de 1958, quando navegava a cerca de cem milhas do Cabo Race, na Terra Nova (ler aqui a recordação desse naufrágio).
Em 1958, foi Piloto do lugre com motor «Creoula», navio de aço construído em 1937, com 57.77 m de comprimento e onde labutava uma tripulação de 62 homens, na pesca à linha com dóris.
Até à reforma, foi comandante de vários navios de pesca, tendo exercido a sua actividade pelos «Sete Mares», da foz do Amazonas ao Japão, pelo Mar do Norte e ao longo da Costa Africana
Na fotografia, no sentido dos ponteiros do relógio, (1) a declaração prestada em 1957 ao Grémio, (2) Noé e a esposa Edmunda em convívio com os amigos Mesquita, em Lagos, (3) Creoula a todo o pano e (4) lugre Labrador.

quarta-feira, março 15, 2017

Budens, 1953

Era assim a actual Rua 25 de Abril, em Budens, no já longínquo ano de 1953. 
Das seis pessoas que aparecem nas fotografias, reconhece-se Margarida Mesquita, que tinha nesta aldeia algumas amigas de infância. E as outras? Quem são?

segunda-feira, março 13, 2017

José Ferreira, de Budens, na «Faina Maior»

José Joaquim da Costa Ferreira, nascido em 1943, na freguesia de Budens, foi um dos muitos homens portugueses que trabalhou na pesca do bacalhau, também conhecida por «Faina Maior» Esta é assim apelidada dada a grande dureza e perigosidade que a envolvia.
Conhecemo-lo já retirado das «lides do mar», mas sempre bem recordado do muito que «penou» numa vida feita em cima de água, quer no Atlântico Norte, quer a Sul da linha do Equador.
Amigo do seu amigo, brincalhão, sempre disposto a ensinar o que aprendeu na vida, grande amante do fado, José Ferreira abandonou a nossa aldeia para junto da família mais próxima, em Lagos.
Mas temos saudades das suas muitas «estórias» e do sempre agradável convívio, Mestre Zé Ferreira...
Informação e imagens retiradas desta ligação.
Mais informação sobre a «Faina Maior», pesca do bacalhau: aqui (Fernando Rosas, RTP) e aqui (documentário do National Geographic).

quinta-feira, março 09, 2017